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A realidade aumentada, tecnologia que sobrepõe gráficos ao mundo real, deixa de ser uma idéia de ficção científica


A rotina atual do cirurgião vascular brasileiro Kasuo Miyake já não inclui mais algumas técnicas médicas aprendidas na universidade cerca de duas décadas atrás. Na época, um equipamento de ultra-som custava em torno de 300 000 dólares e os exames eram feitos à moda antiga: com a apalpação das veias. Hoje, quem passa por uma consulta na clínica de Miyake, em São Paulo, tem as veias iluminadas por um feixe de luz especial, filmadas por uma câmera que captura a reação do tecido e projetadas de volta, e em tempo real, sobre a pele do paciente. Graças ao equipamento, Miyake consegue enxergar, literalmente, através da pele de seus pacientes. Nas cirurgias, isso significa que o risco de uma incisão malsucedida fica perto de zero. O médico paulistano usa o VeinViewer, equipamento fabricado pela americana Luminetx, e é um dos pioneiros na aplicação prática da realidade aumentada. Como o próprio nome diz, a realidade aumentada dá uma nova dimensão ao que o olho humano enxerga. Gráficos, textos ou outros elementos gerados por computador são sobrepostos à imagem "real". Ao misturar gráficos computadorizados com a realidade, em vez do tradicional uso de telas, a tecnologia está saindo dos laboratórios de pesquisa e ganhando espaço em campos distintos, como treinamentos militares, tratamentos de fobias e processos industriais. Como a tecnologia é muito recente, as aplicações ainda são experimentais e o custo dos equipamentos é alto. A maioria dos sistemas exige o uso de capacetes ou óculos especiais, em cujas lentes são exibidas as imagens computadorizadas. Um par desses óculos chega a custar 7 000 dólares, sem contar os computadores a que eles estarão conectados. A montadora alemã BMW tem um projeto piloto para o treinamento de técnicos. Os mecânicos utilizam óculos especiais que posicionam no campo de visão indicações virtuais em várias cores sobre quais peças do motor devem ser trocadas ou quais ferramentas devem ser usadas. Fones de ouvido transmitem o passo-a-passo de cada procedimento. Segundo José Sétimo Spini Filho, gerente de pós-vendas da BMW Brasil, embora a tecnologia ainda esteja em desenvolvimento na Alemanha e não exista prazo para a aplicação prática, a sensação é de otimismo quanto ao uso futuro. "Ela vai melhorar o diagnóstico feito pelos mecânicos e dar maior precisão aos movimentos", diz Spini Filho. Outra aplicação prevista é na construção de edifícios. É muito comum encontrar discrepâncias entre os projetos feitos no computador e as construções reais. Ter as imprecisões mapeadas corretamente serve para a manutenção e até mesmo a contratação de seguros. Hoje, para identificar essas diferenças, a tecnologia usada é o escaneamento com lasers, um procedimento caro e complexo. Com a ajuda de sistemas de realidade aumentada, a alemã Siemens criou um protótipo que permite enxergar, sobre a construção real, o desenho inicial feito no computador.

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